Num momento em que tudo está a ser reflectido, criticado, ponderado, eis que de repente alguém se lembrou de dizer que salários e reformas não devem ser acumulados.
Não sendo um economista de renome, caso contrário já tinha sido convidado para falar nos orgãos de comunicação social, nem um iluminado, se não já estaria num "tacho" bem pago, tenho a ideia que a "reforma" é isso mesmo... uma reforma. Passo a explicar: um cidadão trabalha e entrega uma parte do fruto dessa actividade ao estado. Este em troca compromete-se a: tratar do cidadão quando este está doente, a protege-lo, a dar educação aos seus filhos, a dar de comer quando for preciso, a proteger do desemprego durante uns tempos e a, e vamos esquecer os pontos anteriores para não chorarmos, quando o trabalhador se reformar devolver uma parte das verbas, sob a forma de "reforma" para permitir ao cidadão viver com um rendimento até morrer. Esta verba tem regras próprias mas na essência destina-se a manter um rendimento a entrar dentro de casa porque o cidadão não trabalha.
Ora eis algo que me escapa, provavelmente porque sou um mentecapto: então o Estado paga a um cidadão porque se reformou e paga-lhe simultaneamente para trabalhar. Se trabalha não se reformou (acho eu)... e se se reformou ainda trabalha? Já nem vou falar dos que trabalham 12 anos a sugar o país e depois ganham direito a uma reforma choruda, vitalicia! E não falo dos futebolistas. Finalmente (abençoado FMI) começam a dar os primeiros passos, mesmo quando o AJJ vem lá da Madeira dizer "ladrões"... Coitadito. Já viram o exemplo do Salvador da Pátria. Como o seu salário de Presidente é curto, ainda depende da pensão de sobrevivência que o Banco de Portugal lhe paga, mas uma outra por ter sido primeiro-ministro e ainda outra por ter sido professor universitário. Não questiono a justeza dos montantes, mas enquanto estiver a trabalhar deveria suspender as reformas. E se não quisesse, deixava outro trabalhar, diminuindo o desemprego.
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